Está decidido. As eleições municipais 2020 foram transferidas para 15 e 29 de novembro - 1º e 2º turnos respectivamente – devido à pandemia do COVID-19. O adiamento de quarenta e dois dias pode parecer pouco tempo para os eleitores, mas para os candidatos é sinônimo de mais trabalho, mais desgaste, mais ansiedade e muito aprendizado.
O site Macaé News procurou alguns pré-candidatos de Macaé, tanto para o cargo do executivo, quanto do legislativo, e eles avaliaram a decisão aprovada essa semana pelo Congresso Nacional.
Igor Sardinha disse que a sua estratégia continuará a mesma, mas garante que será difícil debater os projetos com os eleitores.
“Acredito que foi acertada a decisão pelo adiamento diante do quadro existente no que tange ao coronavírus. O grande desafio nessas eleições será conseguirmos debater com os cidadãos os projetos para a cidade, diante de tantas restrições de ordem sanitária. A estratégia permanece a mesma: construir um programa de governo popular, participativo e que dê respostas para questões importantes como a desigualdade social que assola a cidade. Tudo isso usando bastante as redes sociais como alternativa, diante da dificuldade de promovermos encontros físicos”, ressaltou.
O vereador Marcel Silvano salientou a importância da permanência das eleições esse ano, mas, por outro lado, teme o estilo da campanha que será adotada em 2020.
“Estamos vivendo um momento que o alto comando do país ameaça continuamente às instituições democráticas e manter as eleições municipais é muito positivo, pois é nesse momento que o eleitor está mais próximo daquele que vai representá-lo. Por outro lado, esse ano teremos uma campanha invisível e não sei se o TRE terá condições de acompanhar as interferências negativas das redes sociais, como aconteceu em 2018, com as fake news, ataques a reputações dos adversários, mentiras sobre o papel de cada candidato e promessas mirabolantes para tentar enganar as pessoas. Se antes já era difícil o TRE fiscalizar, agora acho que será muito mais”, explicou.
O vereador Marvel Maillet frisou a importância de garantir uma eleição segura aos eleitores e revelou que essa campanha será um grande desafio.
“Acredito que o adiamento das eleições 2020 foi necessário devido à pandemia causada pelo coronavírus. Não podemos colocar a saúde da população em risco, precisamos garantir uma eleição segura para todos os eleitores. Espero que até novembro essa epidemia esteja controlada para que todo o processo eleitoral ocorra com total segurança. Como pré-candidato a vereador, vejo essa eleição como um desafio. Vamos substituir reuniões presenciais pelas virtuais, fazer chamadas de vídeo e planejar de forma responsável nossa campanha para cumprir os novos prazos. Temos que nos adaptar a essa nova realidade”, afirmou.
O vereador Maxwell Vaz frisou que garantir a saúde das pessoas é o mais importante e contou que está se preparando para uma pré-campanha maior e digital.
“O impacto mais desejado com essa mudança é proteger a saúde das pessoas e combater a pandemia. Essa mudança do calendário eleitoral aumentou o tempo da pré-campanha. Isso faz com que gere mais desgastes, mais dedicação e também novos custos de manutenção. Em relação ao trabalho, eu me identifico muito com essas tecnologias e com as novas formas de relacionamento com o trabalho. Tenho feito cursos para aprimorar minha performance e conseguir me comunicar melhor com as pessoas. Esse que é o desafio este ano, você falar e ser entendido. Vamos continuar nosso trabalho pelas redes sociais e nossas ações partidárias pela internet”, concluiu.
Jornalista: Tathiana Campolina
Fotos: Arquivos Pessoais
FONTE: Macaé News