O Brasil ocupa a 11ª posição no ranking Segundo o levantamento do CPJ (Committee to Protect Journalists / Comitê para a Proteção dos Jornalistas), com sede em Nova York, o Brasil é o 11º país do mundo em que os assassinatos de jornalistas mais ficam impunes. O índice aponta que no Brasil, nos últimos dez anos não resultaram em nenhuma condenação cinco mortes de jornalistas.
Alguns casos - Entre os crimes que engrossam os índices da impunidade está à morte do dirigente petista e editor do jornal “O Serrano”, Edinaldo Filgueira e o famoso, Tim Lopes. Edinaldo foi barbaramente assassinado com seis tiros, em 15 de junho de 2011, em Serra do Mel (252 km de Natal), no Rio Grande do Norte. Outros estados como o Pernambuco e mesmo Mato Grosso do Sul há casos impunes e alguns ainda sendo investigados. Em Mato Grosso do Sul, o caso da morte de Paulo Rocaro, jornalista em Ponta Porã é o caso mais recente e que continua sendo investigado pela polícia. Além de Rocaro e outros, o estado registrou a morte de Edgard Lopes de Faria, conhecido com Escaramuça.
Ranking - O CPJ usa o percentual de casos não solucionados de mortes de jornalistas em relação à população de cada país. E, só entram nas estatísticas países em que ao menos cinco crimes não resultaram em condenação. Iraque lidera este ranking como o pior, pois, de acordo com o comitê, investigações sobre 93 mortes desde 2002 ainda aguardam por soluções. Além disso, o Iraque segue na liderança desde 2008, quando foi divulgada a primeira edição do levantamento.
Segundo a CPJ, 909 jornalistas foram mortos de 1992 até hoje no mundo. O Brasil ocupa a 11ª posição no ranking (cpj.org/killed ), com 21 mortos. A Índia está em 8º (28 mortos) e o Paquistão é o 6º (42 mortos).
Na América Latina, a Colômbia, com oito mortes impunes e o México com 15 engrossam o levantamento.
Dificuldade Política - A decisão do governo Dilma/PT de não aderir ao programa da ONU para a segurança dos jornalistas, indigna muita gente. A Federação dos Jornalistas e sindicatos de jornalistas brasileiros, totalmente aparelhados pelo governo, estão silenciosos.
Como Brasil, Índia e Paquistão não quiseram dar seu apoio imediato, a implantação desse plano de ação fica postergada para 2013, pelo menos, quando haverá uma nova reunião dentro da instância responsável pelo tema.
O Plano de Ação não contém nada de revolucionário. Defende mais divulgação, acompanhamento e controle de casos em que jornalistas são impedidos de exercer suas funções --sobretudo quando são vítimas de violência.
Sugere também a adoção de medidas que garantam a segurança de profissionais em missões jornalísticas.
De acordo com a assessoria de comunicação do Ministério das Relações Exteriores, o Brasil é a favor do plano de ação, mas teve restrições quanto ao procedimento usado para aprovar a medida, bem como em relação a alguns trechos do texto.